segunda-feira, 14 de junho de 2010

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Vagueio pela escuridão da noite, não consigo suportar a luz do dia. Pela imensidão da noite persegues-me, e eu ando há deriva. Na noite tento escapar do sofrimento, que durante o dia me assombra. Mas sem conseguir fugir, ela entra na minha alma, e desassossega-me a calma, E me invade de dor… A Lua segue-me, levando as estrelas com ela. Será que é um anjo da guarda?? Que me tenta proteger dos perigos que me rodeiam?? Não, apenas olham por mim, para eu não cometer nenhuma loucura. Pois a Lua é minha confidente, e sabe do meu sofrimento… Caminho, caminho e caminho. Em direcção ao desconhecido, a ver se por acaso encontro a felicidade que perdi, e agora não a encontro. Deambulo, perdido na noite, desorientado pelo que vai na minha cabeça. Finalmente encontro o meu caminho, onde por uns momentos terei algum sossego na alma… Encontrei o MAR… Onde encontro um bocado de paz, e expulso toda a dor que tenho… Mas ela volta… Se ao menos pode-se por toda esta dor e raiva numa garrafa, e atira-la ao oceano, Como uma mensagem para alguém. Mas não desejo a ninguém que a encontre, pois o que não quero para mim, também não quero para os outros… E assim ela nunca mais voltava, ficava selada para sempre… Mas está na hora de regressar, tenho que abandonar o mar. Deixo saudades, e prometo uma vez mais voltar. Ponho-me a caminho, de regresso ao meu lar. Para uma vez mais sentir a dor a atacar… Refugio-me na minha cama, para a cabeça descansar. Adormeço a pensar em ti…

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